quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A importância da avaliação física

O primeiro passo foi dado: você percebeu a importância de praticar algum exercício físico para melhorar sua saúde. Ótimo! Mas antes de dar início a qualquer prática esportiva (desde uma simples caminhada em torno do quarteirão de casa até uma rotina mais intensa dentro da academia), fazer uma avaliação física é indispensável, não só para sua segurança, como também para o auxílio do profissional, quando este for prescrever o tipo e a intensidade da sua nova atividade.
Em uma avaliação física completa é mensurada a sua condição cardiorrespiratória e a sua composição corporal, além da realização de testes de flexibilidade, desvios posturais e neuromusculares (com intuito de avaliar sua força em determinados músculos).
O teste de VO²máx (que mostra o consumo de oxigênio do organismo), indicará qual será a melhor faixa de frequência cardíaca a ser trabalhada no seu caso, de forma a não deixar que seu organismo ultrapasse certos limites, e ao mesmo tempo não permitindo que a intensidade se torne tão baixa a ponto do exercício ser ineficiente.
A composição corporal é medida através do peso (pela velha e boa balança), altura, idade, perímetros (circunferências de membros e tronco) e dobras cutâneas (medidas por um instrumento que afere a quantidade de gordura acumulada em locais pré-determinados). A soma desse conjunto mostrará como está distribuído o seu peso corporal, que antes era expresso por um simples número, agora é subdividido em um percentual de massa magra e um percentual de massa gorda (maléfica ao organismo). Já os testes de flexibilidade e neuromusculares, têm o papel de diagnosticar o quanto a musculatura está preparada para receber os estímulos que serão proporcionados pela atividade escolhida.
De acordo com os resultados, podemos compará-los à média populacional da mesma faixa etária e sexo que a sua. A partir daí, com sua condição física mapeada, trabalharemos junto com um profissional da área da saúde, e traçaremos metas factíveis, que lhe trarão motivação e, principalmente, segurança!
Quando pensamos em atividade física é importante termos em mente que a persistência será nossa aliada constante em busca da obtenção da saúde! A avaliação física entra como ferramenta nessa busca, uma vez que nos mostrará se estamos percorrendo o caminho correto, onde ocorreram os principais erros e no que podemos melhorar. A opção é sua! Está esperando o quê?

domingo, 23 de janeiro de 2011

2011 - Está na hora de tirar seus planos do papel

Começo de ano, todos têm aquele velho e conhecido desejo quando o assunto é atividade física: Emagrecer! Os “quilinhos a mais”, tão indesejados pelas mulheres, hoje em dia assustam e preocupam também o público masculino. Por que cansamos de esperar sempre uma certa segunda-feira para dar início a algum tipo de dieta? Por que é tão difícil se engajar em uma atividade física, por mais simples que ela seja? Afinal, por que vivemos em briga com a balança e, muitas vezes, saímos perdendo?

Hoje em dia, a classificação de obesidade vai muito além do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal). Por trás do “título” de obeso, portador de sobrepeso, entre outros, temos diversas doenças que irão modificar o metabolismo de tal forma, que a tarefa de emagrecer, a cada dia será mais difícil. Por isso, quando pensamos em perder peso, aquela velha ideia de só fechar a boca se torna ultrapassada e simplista, uma vez que o emagrecimento é uma soma de fatores que, juntos, contribuirão para a pessoa adquirir saúde acima de tudo.
O primeiro passo rumo ao tão desejado “emagrecer” (que prefiro chamar de obter saúde) é consultar um médico e realizar todos os exames a fim de diagnosticar possíveis restrições à prática de atividade física e/ ou doenças metabólicas, como hipertensão, altos índices de colesterol e triglicérides, entre outros. 
Com esse aval médico, reavaliar seus hábitos alimentares é o segundo passo! Consultando sempre um profissional, o candidato poderá avaliar sua maneira de se alimentar, possíveis vícios, além de planejar uma alimentação adequada ao seu ritmo de vida. E, por último, e não menos importante, o exercício físico. Defina uma meta semanal de gasto de calorias! Que tal focarmos em 1000kcal/ semana? Em uma hora de exercícios resistidos combinados (treinamento em circuito na musculação), são gastas 560kcal (ACSM). Podemos combiná-los com caminhada vigorosa (em 60 minutos, aproximadamente são gastas 384kcal). A opção é sua!
Somamos esse gasto semanal ao nosso gasto energético basal (que é o gasto calórico que uma pessoa tem, em Kcal, para manter suas atividades vitais – dormir, comer, andar, etc – que somam em média 2.900kcal/dia). A partir daí a matemática é simples: a soma de exercício físico e dieta provoca o déficit calórico (o tão desejado ponto em que gastamos mais calorias do que consumimos, o que nos leva à redução de peso). 
No processo de obtenção da saúde, o grande erro que cometemos é a impaciência. Pense bem: quanto tempo seu corpo levou para “alcançar seu peso atual”? Você possuía hábitos de vida que lhe traziam benefícios? Portanto, não será de uma hora para outra que você alcançará o peso ideal, e muito menos apenas um dos fatores descritos acima o levará até ele. Dê tempo para que seu corpo se adapte aos exercícios e à nova conduta alimentar, “escute” seu corpo (geralmente ele manda mensagens através dos exames médicos) e pense em longo prazo. Enfim, cada dia que passa é um passo em direção à saúde.
Não deixe de se exercitar! A persistência é a chave para uma vida saudável, lembre-se que todo dia é dia de começar! Não espere que na semana que vem um amigo te acompanhe, não fique esperando o “depois do feriado”, ou qualquer outra desculpa do tipo. Você precisa tomar a iniciativa! Está esperando o quê?


- artigo publicado no jornal Gazeta do Ipiranga, edição do dia 21/01/2011